Este dossiê, coordenado pelos
Professores Doutores Fábio Lopes Alves (PPGE/PPGSCF/Unioeste) E-mail: fabiobidu@hotmail.com; Claudia Barcelos de Moura
Abreu (PPGE/Unifesp) E-mail: claudia.abreu@unifesp.br; e Tânia Maria Rechia
Schroeder (PPGE/Unioeste) E-mail: tania.rechia@hotmail.com, deverá compor o volume 20, número 60, de dezembro de 2021 da RBSE.
Os artigos deverão ser enviados para o e-mail rbse@grem-grei.org – com
cópia para os e-mails dos coordenadores, - até o dia 31 de maio de 2021. Os artigos deverão seguir as “Normas para Publicação – RBSE” que podem
ser encontradas no link: https://grem-grei.org/normas-para-publicacao-rbse/
.
Dossiê: “25 anos de fotoetnografia: balanço, desafios e
perspectivas”
Coordenação:
Prof. Dr. Fábio
Lopes Alves (PPGE/PPGSCF/Unioeste) E-mail: fabiobidu@hotmail.com; Profa. Dra. Claudia
Barcelos de Moura Abreu (PPGE/Unifesp) E-mail: claudia.abreu@unifesp.br; e Profa. Dra. Tânia Maria
Rechia Schroeder (PPGE/Unioeste) E-mail: tania.rechia@hotmail.com
Descrição: Para comemorar o aniversário de 25
anos da fotoetnografia, esta convocatória espera
receber contribuições que problematizem os usos e aplicações do conceito
achuttiano no âmbito das pesquisas em Ciências Humanas e Sociais. Em
1996, Luiz Eduardo Robinson Achutti, sob orientação da antropóloga Ondina
Fachel Leal, defendeu a dissertação de mestrado na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul-UFRGS, intitulada “Fotoetnografia: um trabalho de Antropologia
visual sobre cotidiano, lixo e trabalho, em uma vila popular na cidade de Porto
Alegre”, posteriormente publicada na forma de livro pela Tomo Editorial.
Naquele momento, a dissertação de Achutti apresentava três contribuições
fundamentais ao campo da Antropologia Visual: a primeira foi o ineditismo.
Afinal, o autor propôs um conceito antropológico até então inexistente, o de
fotoetnografia. A segunda, foi inaugurar um novo campo no âmbito da
antropologia visual; e a terceira é que formulou e apresentou, de forma teórica
e metodológica, os passos a serem seguidos por pesquisas fotoetnográficas. No
ano de 2002, sob orientação do antropólogo francês Jean Arlaud, o autor
defendeu a tese de doutorado em Antropologia na Universidade de Paris VII
Denis-Diderot, intitulada “Fotoetnografia da biblioteca Jardim”, posteriormente
publicada na forma de livro, na França pela editora Teraedre e, no Brasil, pela
Tomo Editorial em coedição com a editora da UFRGS. Ambos os livros se constituem em verdadeiros
manuais teórico-metodológicos de fotoetnografia. Esses trabalhos têm
influenciado uma geração de pesquisadores, professores, alunos e disciplinas no
campo da Antropologia Visual. Artigos,
depoimentos e ensaios visuais desenvolvidos em perspectiva fotoetnográfica
serão especialmente bem-vindos. A proposta teórico-metodológica da
fotoetnografia consiste em utilizar a fotografia como forma de narrativa
integral (ACHUTTI, 2004a, p. 74), sem a necessidade de textos, seja na forma de
legenda, seja com comentários entre uma imagem e outra. De acordo com Achutti e
Hassen (2004b, p. 276), o que caracteriza a
fotoetnografia é quando o uso da fotografia, em pesquisas etnográficas, deixa
de ser meramente ilustrativo e passa a assumir a centralidade da narrativa. Ao
usar a imagem como narrativa etnográfica, a fotografia é utilizada como forma
de linguagem. Para o autor, a fotoetnografia consiste no “emprego da
antropologia visual enquanto um recurso narrativo autônomo na função de
convergir significações e informações a respeito de uma dada situação social” (ACHUTTI,
1997, p. 13). O potencial da fotoetnografia está em realizar descrições densas
(GEERTZ, 1989), por meio de imagens fotográficas. O que Achutti propõe,
portanto, por meio da fotoetnografia, é a utilização das imagens como forma de
linguagem, na qual a fotografia recebe a mesma importância que as palavras. Desse modo, o presente dossiê tem interesse em
comemorar o aniversário desse conceito antropológico, homenagear seu fundador e
contribuir para pesquisas estado da arte. Como exemplos seguem abaixo alguns
possíveis eixos que podem ser explorados no dossiê, na forma de artigos,
ensaios, depoimentos e fotoetnografias:
·
experiências
de ensino e pesquisa em fotoetnografia;
·
experiências
do uso desse conceito na educação, comunicação e outras áreas do saber;
·
importância
da fotoetnografia para a Antropologia Visual;
·
balanço
crítico a fim de compreender os desafios e perspectivas desse campo de
pesquisa;
·
fotoetnografias
da vida cotidiana;
·
fotoetnografias
do confinamento;
·
fotoetnografias
de doenças, morte, luto, emoções e sociabilidades;
·
entre
outros aspectos.
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